sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Isto é o que tu és !












Isto é o que tu és

Simples e complexo
Não seja um amontoado de opiniões alheias
Você não esta alheio ao mundo
Você é o mundo
O seu mundo
Isto é o que tu és
Para hoje e para sempre?
O eterno retorno
Mudanças
Mude o seu jeito se assim é o seu desejo
Mas não viva pelos desejos dos outros
Aprenda que a batalha de sua própria vida
É o que define você
Isto é o que tu és
Mudanças
Aqueles que te amam te amam por ser quem tu és
Se existe resistência a mudança
Então eles projetam em você aquilo que eles desejam
Não reflita imagens
Crie imagens
Isto é o que tu és
Você não é a sua televisão
Você não é seu celular
Você não é seu carro
Você não é seu emprego


Isto é o que tu és.




Texto & foto : Thiago Mendes

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Olhos de caçadora











Os olhos dela sabem o que querem:

Ela é uma caçadora.

Em busca da felicidade.

E quem não estaria nesse mundo?



Os olhos dela tem a profundidade de uma felina

Livre, vibrante e esperta.

Musa

MudraSavra

Pequena tirana

Deusa.

Vivamos no presente

No agora

Onde nossos sonhos sejam

Nossa realidade.

Amo-te

Minha companheira

Amiga

Amante

Esposa.

Que nossos olhos continuem a ver a magia da vida.


Thiago Mendes





sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Diário de Bordo do Plaz # 3








          Durante a viagem a Visconde de Mauá debati com Mandy a questão do todo e as partes, ora bolas andei lendo Capra e fixei na mente a ideia de que o todo é mais importante do que as partes. Partimos para Santina, terra encantada, frio daqueles que faz todo mundo se esconder nas roupas.

Passeamos em meio a uma quantidade enorme de pássaros, alguns mais coloridos outros capazes de cagar na sua cabeça desatenta. Cachorros também existiam aos montes uivando em meio à beleza das montanhas que nos cercavam.


O progresso político naqueles dias havia asfaltado partes da cidade e cada morador com seu bom dia particular possuía seu candidato colado em seu coração.


Subidas morro acima e mais montes por cima poderia deixar qualquer pulmão mais penoso, mas não o nosso que subindo rindo e descobrindo a beleza incrível das montanhas sagradas.


Não acendemos a lareira pra falar a verdade, mas queimamos outras coisas e despistamos a loucura da cidade grande por aqueles dias.


O tempo escondia o sol sob as nuvens enquanto meditávamos sobre as cachoeiras. Os mochileiros esqueceram uma das regras básicas: a toalha.
Mais sorte para a próxima vez.


A noite um caleidoscópio de luzes capazes de uma invasão alien. Mundos paralelos, espelhos nas paredes e degustação de cervejas foram feitas. O vinho jaz esquecido junto com a lareira.


Os deuses das cachoeiras novamente brincavam comigo e logo subitamente uma sensação percorria todo meu corpo, podia ser também as trutas abençoadas ou a bomba inatômica, porem deixo a dúvida para vocês caros leitores. Mandy rapidamente pegou Sartre e recitou o seu conteúdo me salvando de quaisquer infortúnios.


A partida é sempre uma sensação de deixar algo de nós pelo lugar, mas viajar é sentir. Tivemos contratempos com conduções loucas capazes de nos fazer beber para esquecer e durante esse meio tempo um cozinheiro que me lembrou de Gonzola, nos dava vivas dicas de Visconde e seus anexos.


Aquecidos pela bela companhia partimos rumo ao nosso mundo sem esquecer o canto das águas e toda sua verdade – Capra está certo – o todo é mais importante do que as partes.







Plaz Mendes

sábado, 11 de outubro de 2014

Jukebox




Modest Mouse 







Well we scheme and we scheme but we always blow it
We've yet to crash, but we still might as well enjoy it
Standing at a light switch to each east and west horizon,
Every dawn you're surprising,
And the evening was consoling
Saying "See it wasn't quite as bad as"










     A ideia do clipe foi de Heath Ledger que mor­reu antes de poder finalizá-lo. Seus com­pa­nhei­ros da pro­du­tora terminaram o trabalho.


















"Both hassle men
Half like a joke
Trying to make another joke
Laugh, haha"












Sois Gratos!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Acordo

Henry Darger





         Uma sala, duas cadeiras e uma enorme mesa. Nela continha um banquete para reis. Contudo ele fora feito para dois generais que com seus exércitos de lado opostos esperavam a hora certa de entrar. A reunião para a paz havia de começar.

Os dois líderes sentaram e começaram suas referidas homenagens e tratamentos. Atrás das portas, divididos pela pequena cabana, um intenso apanhado de homens, cansados de morrer, loucos para matar, uma imensidão capaz de assaltar o mundo; hábil em destruí-lo. Cortado por ligas, paises, cantões, moedas, medo. O fim daquela briga estava nas mãos dos seus comandantes, melhor dizendo, nas palavras deles.

O grande homem de brancos fios deu partida com sua verborragia, neste momento ninguém ficou na sala para escutar o seu discurso, apenas e é claro o outro senhor que apesar dos cabelos claros, ostentava um terrível talho no rosto. Quando terminou, ininterruptamente a boca do outro gesticulou com grande desenvoltura, nada sabemos dos ouvidos trabalhando, ponto. Não chegaram a nenhuma conclusão, minto; decidiram que os termos estavam meios incompreensíveis para ambos. Então. Cada um resolveu ao seu modo explicar conceitos, palavras do seu já dito discurso.

Não chegaram a nenhuma conclusão, repito; ficaram mais perdidos por que a explicação carecia de entendimento dos dois lados. A expressão contorcia-se, o coração acelerava e ninguém negava o grande esforço que aquelas bocas estariam enfrentando em nome da paz. Uma solução esfriou o ambiente, que tal se cada um conceituasse o discurso do outro? Nada mal, pensamos, pensaram, tentaram. A nenhuma conclusão chegaram, desisto; Um rato sorrateiro imaginou:

E se aplicassem as ideias a idiomas diferentes?

Contudo, tarde demais, noite; Os dois chefes levantaram das cadeiras e caminharam. Cada um para diante de seu batalhão.

Gritaram palavras de ordem para os homens que ali, ansiosos esperavam;

_ Guerra!

_ Bélico!

Neste momento único da historia, todos se entenderam. Logo se tornou claro que a única palavra que servia era matar, o único acordo que resolvia tinha de ser assinado com sangue.


E foi selado.


Por Thiago Mendes

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Reflexões




Ikebana




Quando o homem nasce é brando e flexível; mas ao morrer torna-se duro e rígido.

Quando as plantas vivem são suaves e tenras; mas ao morrer murcham e secam.


Por isso, a dureza e a rigidez são companheiras da morte, e a suavidade e a flexibilidade são companheiras da vida.


Por isso, um exército poderoso será derrotado, a árvore que cresce será derrubada pelo machado.


O que é duro e rígido, declina.


O que é suave e flexível, prospera.




LXXVI , pag 81, Livro do Tao Te King, Lao-Tse


Sois Gratos!

sábado, 30 de agosto de 2014

Clássicos do Cinema em Nikity de Graça





Repassando : )



A partir de setembro, o Núcleo de Produção Digital de Niterói (NPD) dá início à sessão “Cine Clássico”, com exibição gratuita de filmes clássicos nacionais e internacionais nas quintas-feiras, sempre às 18h.






          No dia 4 de setembro, abrindo a sessão “Cine Clássico”, a exibição da versão restaurada e remasterizada digitalmente de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, obra-prima dirigida por Glauber Rocha, indicada à Palma de Ouro em Cannes e que completa 50 anos em 2014.



            Dia 11 é a vez de “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall)”, de Woody Allen. A comédia, de 1977, ganhou quatro categorias do Oscar: melhor filme, diretor, atriz e roteiro original.


           “Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard)” é a atração do dia 18. O filme, dirigido por Billy Wilder em 1950, ganhou o Globo de Ouro de melhor filme (drama), atriz e diretor.



            Fechando a programação do mês, no dia 25, será exibido “E La Nave Va”. O filme, dirigido pelo mestre Frederico Fellini em 1983. Um filme para nenhum cinéfilo perder de vista.


O Núcleo de Produção Digital de Niterói (NPD) fica localizado na rua Visconde de Uruguai, 300, centro de Niterói.



Por Thiago Mendes

terça-feira, 26 de agosto de 2014

BeatriXx



Breakfast on Pluto/ Internet



           O médico me interroga afirmando que tenho um Qi acima da média e dois pulmões inteiramente fudidos. Estou no topo da escada da Lapa pensando que não consigo ter sequer uma ideia para escrever.
_Você escreveu o que lhe pedi?
Respondo pra editora gostosa/amiga que há um bloqueio mental e capilar, meus cabelos não crescem mais. Sim, eles embranquecem cada dia mais.
Vejo alguns jovens, poucos travestis andando no meio da rua cheia de fumaça. A mesma que sai das minhas narinas. O mesmo nariz que ela tanto gostava...
_Reno, meu Jean Reno brazuca...
Minha péssima memória nunca consegue lembrar os remédios recomendados, nem o tema do conto, nem a senha do cartão... Preciso de cigarros...
Toda minha vida destruída por causa daquela piranha de nome sugestivo, Beatrix... Aquela que mastigou meu coração e deixou como o doutor disse.
_Largue o cigarro ou mais um ano.
Como se quisesse passar mais uma hora entre esses moleques da Lapa pseudointitulados boêmios.
Beatrix ainda anda junto dos excluídos, eu me incluo neles por mais alguns maços.
_ Você precisa ver um especialista e esquecer essa porra...
Minha amiga quer me dar conselhos onde quero sexo.
_ Já a larguei mais o conto nem comecei.
O médico fala de um coração fraco. Senhor ele foi roubado...
Um menino esbarra na minha perna...
Dilacerado...
Sexo, drogas, que você quer velhote??
Jogado fora...
Nada quero de você mais, Beatrix.
Beatrix me levou direto para o inferno, onde.
Ponto.
Preciso ver o médico...

Preciso ver minha editora.


Thiago Mendes

terça-feira, 29 de julho de 2014

Eduardo Coutinho






 Eduardo Coutinho Foto Eduardo Coutinho, foi um dos mais importantes nomes do documentário brasileiro.Teve uma formação que passou pelo cinema, teatro e jornalismo, tendo inclusive cursado a faculdade de Direito em São Paulo. Seu trabalho é caracterizado pela profundidade e sensibilidade com que aborda problemas e aspirações da grande maioria marginalizada, sejam camponeses diante de processos históricos “Cabra Marcado para Morrer”, moradores de um enorme condomínio de baixa classe média no Rio de Janeiro “Edifício Master” ou metalúrgicos que conviveram com o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva: “Peões”.



A importância de Edifício Master



        Toda a obra de Eduardo Coutinho é bastante recomendada, para fãs do cinema brasileiro. Vamos dar um levante aqui para um filme importante: Edifício Master.




       "Edifício Master" (documentário de 2002) surgiu da idéia singela de filmar depoimentos de moradores de um prédio de apartamentos em Copacabana. Coutinho e sua equipe mantiveram-se durante três semanas dentro do edifício, literalmente morando lá, com a intenção de que ocorresse uma ambientação entre a equipe que produzia o documentário e os moradores. São relatos tão sinceros quanto dissimulados de personagens iludidos e desiludidos, os quais, pelas razões mais diversas, habitam no Edifício Master. convivem no dia-a-dia do prédio os esperançosos, os desamparados, os felizes, os tristes, os austeros, os desencanados, os talentosos, os ressentidos, enfim, nada diferente do que se poderia esperar numa comunidade de 500 pessoas. Os moradores do edifício são pessoas provenientes de diversos locais e origem, com idades diversas, e com diversas histórias de vida, mas habitando todas em um mesmo local. Estes mesmos moradores raramente se veem, ou nem sabem da existência um do outro."Edifício Master" é um documentário em que não há um assunto dominante. Os 37 depoimentos são tão despojados quanto possível, a diversidade é o assunto.




O cineasta Eduardo Coutinho, de 81 anos, foi assassinado a facadas no dia 2 de Janeiro, dentro de sua casa, no bairro da Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro.


Disponibilizo aqui os torrents de "Edifício Master" & um documentário de 2013 sobre o diretor: "Eduardo Coutinho 7, de Outubro"


Fontes: 

Wikipédia.

Crítica de Humberto Pereira da Silva, professor de filosofia na Universidade São Judas Tadeu.



Por Thiago Mendes

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Snatch - Porcos e diamantes





Antes de Brad Pitt se torna o astro mundial e ser casado com Angelina Jolie, antes de Jason Statham falar menos e lutar mais em seus últimos filmes, antes do diretor Guy Ritchie ser lembrado por seu casamento com Madonna... Eles fizeram esse filme que você não pode perder...


Snatch



          Embora Snatch seja uma produção britânica do ano de 2000 não devemos pensar que ela se tornou velha ou coisa parecida. O filme tem vários elementos que garantem essa recomendação. Da ação ao riso passando por cortes rápidos e uma trilha sonora contagiante. Snatch é o tipo do filme que vale a pena ver de novo.



Snatch


         Os pontos fortes do filme são seu roteiro bem construído e a variedade de personagens interessantes. Desde o cigano Mickey ao piloto de fuga Tyrone. Fato é que Benicio Del Toro rouba a cena quando pode na pele de "Franky Four Fingers".


 Internet



Para quem quiser segue aqui o link para torrent e legenda: Snatch - Porcos e Diamantes



Por Thiago Mendes

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Hipopótamo # 9

Obra: Escher





22:30




        Sou gordo e nasci de uma família magra ainda assim vim a ser fatboy desse jeito.

Pode castigo maior?

Amo uma menina, um enigma. Com quem tive a melhor transa da vida, da qual só sinto ódio depois do fato ocorrido, preferindo na verdade meu amigo. Viciado em cockaine, riquinho cujo fetiche vê-la de quatro. Arrancaria um rim para tê-la, contudo escuto dela apenas um bom dia;

Boa noite;

Passa-me o amendoim.

Pode destino pior?

Meu pai e tão gay na mesma medida de um seriado enlatado americano, tanto quanto Paulo coelho é renegado pelos intelectuais, tudo bem nunca soube enfiar esse tal de Q.I avançado. Roberto esforça-se para dar lição de moral sobre mulheres, drogas, trabalho e acabo imaginando sua boca chupando um pau em algum beco de esquina.

Existe coisa pior?

Meu pênis e ridículo demais para qualquer discussão, já disse isso algumas vezes e detesto me repetir.

Existe coisa pior?

Quero com bastante molho;

Pode salsicha maior?

Esquecendo a transa surreal com karol, prefiro ficar masturbando-me junto a sexmachine do que pagar uma dessas estrelas de novela.

Pode parar de gemer um pouco?

Pode parar nesta estação estou enjoado?

Tem como tirar metade do meu peso e usar parte para aumentar meu pau?

Odeio cálculos difíceis

Posso escolher outra roupa?

Pode para de cagar na janela, pombos de merda?

Continuo seguindo o hipopótamo alucinado. Pode parar de reclamar ele diz!

Sim. Fácil. Aponte uma arma na minha cabeça e estoure os meus miolos, mas cuidado para não acertar barriga, nada de tiro nela hoje, pois almocei miojo.

Deus me odeia, renega meus familiares.

Por que você não entra para uma igreja para provar isso.

Pense...

Uma boa desculpa.

Quem vê cara não vê coração;

A justiça usa uma venda

Uma dessas beatas nem precisa fitar-lhe como um porco para te amar.

Amor?

Pode castigo maior entrar para uma igreja?

Meus pais me querem longe.

Estou perdendo amigos.

Dentes.

O amor da minha vida.

Perdi a faculdade.

O ultimo episódio daquela série da família de negros.

Deus me detesta.

Está é minha única verdade.




14:57




        Algum tempo depois minha vida tomou um rumo inesperado graças a um telefonema antes da hibernação habitual.

_Alo?

_ Alexandre, oi é o Alberto tudo tranquilo ai?

_ Claro!

-Coisa ruim. Afinal seria a primeira vez que ele me ligaria-

_ o que houve brother?

_ amigo to ligando pra te dar uma grande noticia...Vou casar com karol!

_ que bom!

-Noticia ruim!-

_ Além disso irmão, nós decidimos seguir o exemplo de Jonas e largar essa vida errada, entrar nos eixos.

-Péssima noticia!-

_ antes que esqueça: Feliz aniversario!

- Por sinal esquecera-se disto -

Jonas conseguia convertê-los bem rápido. Onde estaria meu bolo de aniversario, meus amigos, velinhas, presentes. Festividade em desligar o telefone e voltar a dormir.

Tempo depois os dois pombinhos seguiam viagem para alguma parte do interior, casa de uma tia de Alberto. Jonas parecia realmente um filho da mãe com sua indumentária religiosa.

Bíblia embaixo do braço;

Cabelo repartido ao meio;

Semana a semana querendo conversar sobre a salvação com um gordo completamente dopado. No inicio tratei de rir bastante como se fosse um bizarro mundo paralelo, todavia os dias aumentam a sensação que o mundo estava mesmo de cabeça pra baixo.

O meu mundo!

Acordei com barulhos estranhos vindo do quarto de Roxana. Caminhei assustado e fiquei paralisado ao vê-la gemendo em cima de papai, sussurrando meu nome no escuro. Detive-me e retornei para a cama.

Sonhara!!

Refleti ao constatar que Roberto estivera fora para viagem de trabalho...Pensei se estaria alucinado por dois pensamentos.



1º. Numa frase que lembrei “se não pode vencê-los junte-se a eles”



2º. Quem era o homem escondido nas trevas entre as pernas da mamãe?



Passei dias dormindo ruminando bem baixinho tais acontecimentos e aos poucos percebi estar rezando de alguma forma. Perdido em pensamentos e ao suor que escorria, logo indaguei;

Não tenho salvação!



20:30



      Não encontrei nenhuma salvação, mas embutido da primeira ideia caminhei pelos cascalhos da vida e praça central. Parei perto do grande templo erguido com suor e sangue. Ali mora o senhor, bola de neve, aquele que me odeia, roubou amigos, trouxe vazio a um coração fraco e não retive duvidas ao entrar na casa e perante olhos atentos, gritar;

_ Sim quero ser salvo!!!



A plateia descrente pela atitude não percebe que a vida continua. As flores morrem caindo em qualquer terreno imundo pelos montes de lixo largados. Pessoas correm como porcos em busca dos restos de muitos jantares, todos infelizes.

O verão aquece o mercado e queima a pele pronta para biquínis e algumas cervas na praia. Comercias visando o lucro, dane-se hidratação, alimentação, apenas cartão de credito.

Barba cresce,

Cabelo cai.

Barriga cresce,

Pênis adormece.

Pombos voam e o hipopótamo passeia livre pela colina. Não estou com fome, pois acabei de digerir comida de plástico, tranquilizantes misturados no copo, no sorriso do palhaço.

Jorrado na cara dos espectadores.

Atônitos eles percebem a virada ocorrida, nenhum plano, desculpa, quaisquer palavras.

Deus escreve certo por linhas tortas.




por Thiago Mendes

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Eu sou covarde


http://www.meionorte.com/


Sinto muito, te amo, sou grato me perdoe.


Eu sou covarde

Sou covarde por que tenho medo das experiências que me cercam como se alguém de súbito fosse me atacar ou perceber minha fraqueza.

Onde esta minha coragem de criança?

Eu sei que ela esta aqui dentro, em algum lugar, perdida naquela montanha ao longe. Toda vez que vejo sinto vontade de escalar.

Sei que já entrei numa luta perdida.

Sei já que já joguei em abismos;

São recordações daquele homem modelo distante que possuo dentro de mim.

Não o veneras

Não o afastaras

Não mataras

Agora compreendo a ideia do deus interior.

A iluminação

E o caminho do guerreiro.

Todos martelando a mesma coisa, quebrar o ídolo.

De nossas vidas.

E ver surgir seu verdadeiro ser.

Apenas ele pode ver deus.

Como em cada nota de uma melodia.

E não como algo separado, externo. Uma fuga.

Eis o amor.

Amas a ti mesmo.

Amas o verdadeiro.


E não a falsa sombra que vive na caverna.


por Thiago Mendes

terça-feira, 8 de julho de 2014

Viradão do Rock no Bar do Blues



         A cidade de São Gonçalo sempre é lembrada pela forte cena das bandas de rock que tocaram nela, porém por um bom tempo os espaços para antigos e novos grupos se apresentarem ficaram reduzidíssimos. Agora através de projetos como o Anarki Lopolis temos a oportunidade de ver renascer essa arte aqui na cidade.


         AnarkiLopolis é um projeto da Agarb produções, que tem como responsável o produtor cultural e DJ Rafael Braga. O próprio que já tem a festa Mostra Tua Cara investe também no rock on roll e apresenta o Viradão do Rock no dia 12 de Julho.




O evento é uma ótima oportunidade para os amantes de um bom show de rock e as pessoas interessadas em ter uma noite especial se divertirem. Só para lembrar é OPEN BAR, mas haverá outras opções de cerveja no dia. Se você curtiu a iniciativa não perca tempo e compareça.



Viradão do Rock

Palco Principal + Espaço Flash Mob + DJ residente Cris Pita nos intervalos

12 de Julho
Abertura dos portões às 19h
Local: Bar do Blues – Rua Cel Cerrado, 926 – Zé Garoto , São Gonçalo



Para maiores informações acesse a página da Festa Anarki


Por Thiago Mendes










terça-feira, 24 de junho de 2014

Dzi Croquettes

Reprodução Internet






A primeira vez que vi Dzi Croquettes fiquei meio receoso logo de cara. Aceitei a recomendação de um fantasma da internet e me peguei vendo um documentário brasileiro sobre homens vestidos de mulheres...Ledo engano

O longa registra a trajetória de um irreverente e incrivelmente talentoso grupo de atores e bailarinos. Neste exato momento em que escrevo a vontade de revê-lo é enorme. O grupo mostrou o talento nos teatros do Brasil e do mundo. Os depoimentos contidos no filme dão a exata noção da importância deles e da velha sensação que neste país o que nunca faltou foi qualidade, mas talvez memória.

Então vamos a dica cultura grátis 


       O Núcleo de Produção Digital de Niterói (NPD) exibe nesta semana na sessão “CineMúsica” o documentário “Dzi Croquettes”, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez. Ele será apresentado no cineclube do Núcleo no dia 26 de junho, quinta-feira, às 17h30, com entrada gratuita e classificação etária de 12 anos.

Para quem não sabe o NPD fica na rua Visconde de Uruguai 300, centro de Niterói.



Por Thiago Mendes

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Hipopótamo #8



Obra de Escher




Copa do mundo!





             Jogo da seleção patriótica acompanhado de Jonas num bar tela de plasma. K-rol e Alberto haviam marcado um motel beira de estrada. Fogos e gritos, gol do Brasil para a felicidade dos meus companheiros do estabelecimento. Um potente cheiro me persegue;

Gozo?

Sinto de longe o teor. Será essência escorrida das pernas?

Afinal masturbava-me no canto do Box mentalizando os seios de K, antes de Jonas bater na porta gritando sobre a estreia dos canarinhos.

Alguém morreu no banheiro ou de lá mesmo alguma menina engole pela boca?

Hesitações, sentado de frente a uma Faraday que constata fácil goleada pelas estrelas do nosso futebol.

Delírio nacional.

Duvida aparente na mente na torcida;

Vai ser fácil levar o troféu?

Donde provinha o aroma carnal?

Nem de longe dos desinfetantes tóxicos das empregadas que ali se encontravam, nem da naftalina exposta no banheiro.

Muito menos das plantas de plástico que revestiam o ambiente verde, samba, azul, mulata.

Tão pouco das batatas fritas no meio da mesa molhadas pela espuma corrente dos copos de cerva barata.

Por um instante entre a euforia do povo, alegria de mais uma vitória democrática. O salário broxante, contudo teremos orgasmos pela pátria das chuteiras de milhões de dólares. Pólvora com fragrância do contentamento das caras pintadas, camisas amarelas, crianças hepáticas. Risos amarelos do café servido de graça.

Felicidade não se compra?

Consome-se como café barato!

Pólvora que não mata, morre apenas na minha cabeça no segundo tempo o forte perfume de porra, que Suskind sinta;

Seu assassino teria prazer por nós.


08:31



      Imagine uma roupa de gala. Elegante, finíssima, ousada e sempre na moda.

Mas.

Pense agora neste mesmo traje sendo visto como trapo velho de um mendigo, o que houve com o galã?

Quem importa... A roupa que vestimos ou quem nós somos?

Que olhos julgadores dirão ao certo o que devemos fazer

O que devemos ser?

O tempo esgotou ou ela perde o sentido que outrora possuía.

A roupa.

A vida será assim também?

Quiçá um sentido haver.

Agora olhe os pombos como uma grande analogia.

Durante guerras eles são vistos como heróis atravessando de um lado para o outro, arriscando suas penas.

Contudo mundo muda e enxotados pela alcunha de ratos de asas.

Era a guerra sua indumentária existencial?

Ou eles devem cortar suas asas para despistarem os olhares críticos?

Um livro relatando suas vidas destruídas, uma família de pombos onde o avô é um ex-soldado e o seu neto um mendigo que cata lixo junto a seus pares punks. Tristeza contida nas gerações.

Sobrenome que no passado lembrava algo mais nobre e importante. Hoje em dia nem um prato de comida daria pra ganhar com ele.

Imaginou?

Pois esse é meu livro, a grande inspiração que tive pela fresta fumando meu cigarro. Essa ideia que tive aos vê-los no telhado alheio. Claro que envenenei o sangue para melhor visualizar toda a cena. Felicidade percorria cada parte do meu grande corpo e pela primeira vez entendi o significado maior de toda aquela gordura, toxina, perversão. Ganhar dinheiro escrevendo coisas alternativas pingando o verdadeiro semblante da nossa sociedade.

Fútil e preconceituosa!

Portanto não foi surpresa nenhuma para este novo autor quando li o roteiro ao meu professor e ele indicou-me um psicólogo cujo passatempo era afirmar sermos irmãos pelos cogumelos adquiridos ao som do Pink Floyd. Matrícula trancada na faculdade sem previsão de retorno as letras. Família chocada quando descobriu maconha no quarto e pulmão ferrado do filhinho. Menos mal que guardei o pó e o final da historia para mais tarde.


19:53



              No dia seguinte descobri o motivo de sua brusca saída do Manu lanches, o rosto sem cor, paralisado, distante de todos há dias. De inicio não pude crer naquilo de que se tratava. Jonas renunciara sua antiga vida, seus vícios e hábitos para adentrar, na mesma igreja da sua mãe. E de tão agradecida pelo milagre resolveu doar todo o dinheiro da pensão para as obras.

Deus agradece!

Jonas dissera que ouvira vozes nestas ultimas semanas ordenando salvação da alma ou perdição eterna no inferno. O ser celestial chamava-se também Jonas. Na verdade seu anjo da guarda, porque mais tarde sua mãe contara numa certa manhã cujos raios solares batiam em seu rosto e pela janela ela viu uma criatura cheia de paz. Esta mesma imagem escolheu o nome de batismo do filho dela.

Jonas.

A coisa começa a ficar complexa!

Jonas ajoelhou e prometia ao narrador seguir um caminho puro e santo. Largaria qualquer empecilho de sua diretriz básica.

Visões aladas, loucura, efeito de algum bosta de vaca, ele sempre teve uma força de vontade diferenciada.

Ainda criança Jonas assistiu ao um documentário sobre animais maltratados no abatedouro. Nunca mais comeu carne.

Sempre travesso sempre soltava galinhas das suas prisões e odiava pet shops.

Ninguém notava essas atitudes por que ele não as realizava para ser lembrado como herói.

Comum ele dizer que consistia em obrigação.

Apesar das estatísticas contra um pesado viciado que fora Jonas por toda sua vida, passado. Não botou coisa alguma mais no nariz ou na boca.

Qualquer coisa mesmo, visto que tinha habito de cheirar café quando assustado descobria que a coca acabara.

Perdia neste momento um primo e amigo para deus e sua corja de adoradores.

O que poderia servir para ajudar trouxe apenas ódio ao peito e uma verdade.




Por Thiago Mendes

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Diário de Bordô do Plaz #2



Reprodução Internet

27/05/14

Tava aqui pensando com meus botões ......…> Alô Cult Bacaninha !

Viajando pela ideia de ter que pegar um ônibus
E eu sei que merda
É cada vez mais uma sensação de que vai enfrentar algum tipo de punição
Como os idosos sofrem
Veja essa nova lei da bioemetria
Tudo bem computação inovação controle qualidade
Mais logo com o pessoal que tem tudo para ter um problema na digital
Filas descontentamento desgaste demora!
Como se tudo fosse culpa dos idosos
Eis o inferno deles.
Mas
Essas empresas parecem que gostam disso
Vide os estudantes.
Gostam tanto que chegam a ser globais.
Onde fica a Tarifa Mais cara do Mundo ? advinha....
Não adianta botar culpa no motorista, afinal o cara além de dirigir precisa conferir troco
e ser roubado....aff
E como pegar um ônibus para o inferno!





Plaz Mendes


terça-feira, 27 de maio de 2014

Hipopótamo # 7




Obra: Escher


Para quem perdeu as pistas , segue as pegadas do Hipopótamo.


Pegada 1   Pegada 2  Pegada 3  Pegada 4  Pegada 5  Pegada 6



01:00
 
 
 
       Uma conhecida puta no meio de uma multidão de homens e cervejas. Parado na vila/morro sou alvo fácil;
_Panda!
_ Não tenho dinheiro, algo melhor!
Pego-a pelo braço entramos no formigueiro.
Cheiro estranho.
Estranhos.
Latinhas esmagadas pelos sapatos.
Escadinha escondida entre barracas de comidas típicas.
Todo o caminho não surpreende, sou neto de guerra.
Quartinho pequeno com péssimo ventilador.
Camisinhas.
Monto em cima da cadela que já sai gritando tudo.
Meu peso imagina.
Dez minutos, e o tudo termina com a cara gozada.
Cheirar numa barriga magrinha depois de suar alguns litros de merda e cerva.
Essência do sexo.
Grudado feito chiclete ruim nos narizes trabalhando.
Trepar mais um pouco.
Gozamos.
Adoro o efeito disto na minha vida e a facilidade não se compra.
Sem dinheiro;
Carteira recheada;
Pinta boa ou;
Um belo pinto.
Uma piranha boa de napa pronta para transar com o gordão cheio de brizola.
Simples assim.
Atalhos. Cheios deles.
Como cliente frequente já sabia qual menina servia. Engraçado consistia em ver uns playboys tomando fora dessas meninas.
Realidade.
Não suas minas de cabelo armado e traseiro empinado.
Suas lourinhas querendo ser nossas cachorras, com seus narizes sangrando, chorando ao tomar no cu.
Quantas meninas da faculdade.
Tipo modelos de exportação.
Vendendo seu corpo para pagar universidade.
Cursinhos.
Visita ao cabeleireiro.
A vida se resume em comer ou servido.
_ sinta-se em casa meu rei
Desejo karol, mas vou descontar em sua bunda mesmo.
Ela geme novamente e chego a desconfiar de todo o espetáculo.
Boas atrizes.
Muitas delas no puteiro.
Na cama.
Na sua cama fingindo.
Arte.
Fingir é uma arte não importa a idade.
Alguém me disse.
Meu pênis nunca fora exaltado desta forma.
Ela afirma que sou um animal!
-Vejo-a na tv as oito dizendo meu amor -
Ela grita enfia essa porra!
-Escuto, desconta este cartão -
Transando com a nova estrela da novela do horário nobre, as outras estão espalhadas à espera de alguma câmera.
Algum grande irmão.
Vamos trepar feitas vadias.
Vamos brincar feitos carolas com suas crianças.
Estrelas.
Queremos ser admirados.
Quem não quer?
Karol é minha diva, todavia não passa de figurante do meu programa.
Foda com o gordo!
A protagonista chora cada vez mais!
 
 
07:13
 
 
 
      Acordei mais cedo que o habitual graças àlgumas paranóias postadas nas seções acima ou abaixo da minha cama.
Um rascunho.
 Mesa posta na cozinha e sol na janela. Fazia tempo que não tomava café com a família.
Torradas e alguns ovos mexidos.
Alguma bebida dietética para o meu pai.
Sucos e frutas para mama.
Despedidas para referidas saídas ao trabalho.
Um antigo seriado onde a família representa a felicidade não comprada.
Quarto grande dos meus pais e fito seu espaçoso espelho querendo autoafirmação.
Sou um escritor de sucesso e preciso de um bom livro.
Uma historia inovadora. Faculdade de letras e nada.
Nada de palavras.
Nem de orações.
Necessito delas concluo ao imaginar um gordo com as costas suadas demarcando o mapa do Brasil.
Never!
Aspiro às altas circulações.
Um Chuck e suas vísceras ou Douglas com seus guias.
Não posso ser invisível perante a sociedade.
E não quero ser póstumo!
Mente visualiza karol ao meu lado numa banheira duplex branca como a neve. Nua chamando-me:
_ Dear, vem logo a água ta uma delicia e sou toda sua!
Fama.
Cama.
K-rol.
Autógrafos, entrevistas, magazine!
Wake-up!
Ligar o computador, editor de textos, documentos em branco.
Silencio!
Sentado numa cadeira feita sob encomenda.
Espero...Algo divino, que os anjos hoje falem comigo ou que o chão se abra e Mefisto/proposta vinte quatro anos sem devolução. E nada!
Terra do nunca.
Há exato um ano cometo esse ritual e tirando alguns medíocres rascunhos nunca tive uma iluminação.
Uma vida sem graça.
Cativante.
Emocionante.
Atraente.
Ausências.
Aposto que pagam um real por ela.
Quero um cigarro, janela e mais café.
Banheira.
Os sinos batem dentro do templo.
Eureka!
Entrei na banheira jorrando todo a água pra fora.
O volume da ideia.
Corro gritando, achei! Pela casa, não nu, pior caio no primeiro piso.
Pela primeira vez algo inesperado.
Esperado por todos.
Pela fresta os vejo mexendo indo de um lado a outro.
Telhado, antenas, to ligado captando as ondas de uma nova radio.
Radiohead!
Rindo por que finalmente tive uma epifania – depois procuro no dicionário a correta palavra – O rato de asas.
Vou escrever sobre eles.
Tive uma ótima descoberta entre risadas constantes e uma vizinha debaixo gritando com o marido algo da guerra dos meninos da favela.
Chacina.
Crianças.
Mortes.
Sim!
Uma enorme big mac to com fome de ideia.
Retorno ao teclado para iniciar meu best-seller. Não posso esquecer os detalhes.
Agora sim vou entrar na banheira água morna hobby azul e ser chamado de amor.
Agora sim posso sentir dor da maldita topada/arranca unha.
Escreverei sobre pombos.
 
 
20:01
 
 
 
       Party prive.
      A chamada festinha apenas para nossa turma teve uma novidade com a presença do jovem existencialista e sua namorada. Jonas demorou e apenas no final deu ar da sua graça completamente chapado devido a algum chá, contudo os acontecimentos a seguir tinham todos uma intenção maior.
Assim acreditei.
Sentados nas poltronas e uma mesinha redonda junker, escutando alto som, rock, entre alternativo, indie, pop, punk e tantas outras definições.
 
Bjork.
 
_ o que ela quer dizer com essas musica?
_ ela é muito gostosa!
_ lésbica?
 
Beatles.
 
_ quem matou Lennon?
_ quem matou Paul?
_ Paul morreu?
 
Pavement.
 
_ cuspo na cara de um estranho?
_ muito estranho o som!
_ Adoroooooooooooooo!
 
Sex pistols.
 
 _ dor de cabeça!
_ porra, muito bom!
_ acho que vou vomitar!
 
E foi assim que Alberto deixou-nos neste dia para se aventurar pelos labirintos daquela casa. Mesmo morando nela, encontrar um dos três banheiros entre varias portas, subidas, corredores, missão das mais sinistras. Acabou vomitando pasta verde bosta num quarto com um leve cheiro de rosas. Ele não me contou isso, visto que passei pela mesma situação uma porção de vezes.
Voltemos para sala.Onde não havia aversão do que saia da minha boca mais sim, muita diversão. K-rol parecia rir como presenciando um episodio Seinfield/Kramer.
Garrafas ficando vazias rápido demais para o tesão que aumentava pelos olhares de k-rol. Sartre e Simone despedindo-se de nós. Despindo K com a maior arma que possuía, a boca. Reclamando de calor nem pensei no grande ar-condicionado split de 60.000 btus que pairava acima de nossas cabeças.
Pode rir.
Seus seios perfeitos, molhados devidos ao suor e saliva caída da minha língua de encontro a sua.
Beijos suculentos.
Ninguém refletiu no melhor amigo roncando alegremente no quarto ao lado.
Deitados, desajeitados pelo álcool, ela descasca minha roupa e começamos a trepar.
K começa a gemer e reparo no meu pênis que parecia gente grande.
Pode rir, mas nada de se masturbar!
Intervalos, respiração tensa.
Com uma voz rouca enfiada dentro do meu ouvido;
_ essa foda está demais!
Quero mais.
_ você ta me comendo toda!
Quero você sempre.
_ Nunca vou esquecer disso caralhooo!!!
Amo-te menina.
_vou fazer algo pra lembrar disso, não esquecer deste dia.
Esqueça o Al!
_ meu querido hipopótamo!
Como?
Gozei, ela também algumas vezes, parecia que o tempo não intervinha naquela cena e se acaso Jonas não tivesse neste exato momento parado fitando karol montando um cavalo do mar selvagem, teria questionado melhor a ideia do hipo.
Alguns dias depois.
       E algo aconteceu para tumultuar ainda mais minha nada normal cabeça. Karol quase não falava comigo, parecia que respondia apenas por educação aos meus chamados.
Arrependida?
Por ter transando com o amigo do namorado?
Por fazer sexo anal com um gordo porco?
Por Jonas ter nos pego?
 
Nunca saberia a verdade daquela noite, do enigma k-rol.
Não conseguia evitar em pensar nisso e com a ajuda de algumas toxinas comecei a ter viagens alucinantes com o hipopótamo.








Thiago Mendes é o autor do conteúdo deste livro, do qual você está livre para copiar, queimar ou enfiar em qualquer lugar...Claro, não esqueça de dar crédito ao autor.