quarta-feira, 19 de junho de 2013

"Levante homem, Levante mulher olhem em seu redor fiquem em de pé" Séquito



         
By Plaz
             Há 45 anos, a morte do estudante Edson Luís mobilizou todo o país. Na época os estudantes estavam organizando uma passeata por causa dos altos preços na comida servida e o jovem foi morto no restaurante estudantil Calabouço. Não vivemos numa ditadura (ao menos como era antes), contudo ao ver a passeata dos 100 mil no Rio pelas redes sociais deu pra lembrar a morte do jovem Edson e o rumo dos acontecimentos atuais.


Os 0,20 centavos se tornaram bem caros para todas as cidades envolvidas nas passeatas e manifestações. O serviço de transporte coletivo aumentou sua tarifa diante de suas já conhecidas péssimas condições e some isto ao evento da Copa das Confederações e aos escandalosos gastos com ele. Bem esses míseros 0,20 cents que tantos repetem representam bem nossa sociedade, pois reflete o miserável estado que se encontra os serviços públicos e o descaso das autoridades. 


Destruição do espaço público é realmente algo nefasto e faz pouco sentido se pensarmos em quão pouco temos deles, contudo lembremos que as retiradas dos moradores por causa da Copa e o recente caso da Aldeia Maracanã são apenas alguns dos vários episódios de destruição e vandalismo praticado. O maior patrimônio é a nossa própria vida.


As redes sociais foram instrumentos de conversão e convocação de pessoas. Muitos cartazes nas ruas diziam: “Saímos do facebook” e nossa arquibancada é a rua. Os jovens que tanto reclamavam na internet e muitos que acreditavam que esse movimento ficaria contido nas telas estavam enganados. Todos saíram às ruas em prol de uma passagem mais digna.


Outras pautas foram aos poucos ventiladas o que é normal devido ao descaso dos políticos com a população. Os protestos se multiplicam e os motivos parecem ser muitos, contudo fiquemos com os 0,20 antes de qualquer coisa. Não vacilemos ao cair em pautas ditas e repetidas por barões midiáticos que não nos representam, somos uma multidão sem rosto que canta em coro o hino nacional, não devemos esquecer isso. 

O gigante despertou em cada um de nós.


Thiago “Plaz” Mendes

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