Vou homenagear:
Todos os perdedores; nós
que aqui estamos nesse bar, de bar em bar, de cerva a cerva, entramos no
inferno, e não vamos sair, porque não temos dinheiro para pagar a conta e há
muitos pratos a serem lavados;
Todos os cães querendo enrabar
seus irmãos, não há cadelas no momento, pois enquanto isso os homossexuais
estão dando o cu nos escuros becos, não sou preconceituoso, os casais também
estão querendo tomar no rabo!
Todos os que não têm nome,
mas fome, os sem pernas da praça, os sem olhos esmagados nos asfaltos, os com
filhos, quase cem, quase sempre sem ter o que comer, enquanto nós passamos os
fedidos, e Werther ri do império do silêncio
vendendo peidos a qualquer preço!
Todos os fudidos, aqueles
que sabem que são e os que não perceberam que são. Todos são, nem todos em sã
consciência até por que Bernardo continua dando boas doses infernais a suas
veias, e sua mente não anda bem das pernas, mas temos pernas fortes, andamos o
dia inteiro nesse sepulcro chamado sociedade ou como diz Baby, São motherfucker
Gonçalo;
Todos que tentam escrever
poesia Ginsberg, mesmo que apenas sabendo alguns versos comprados numa bienal
quaisquer ou tentam comer essas piranhas de difíceis nomes, quase sempre
grávidas ou esperando um pinto bom de cama, pobre Fumaça, quando conheceu uma
dessas e percebeu que a vida não é apenas doce, mas talvez amarga, acida,
escura e sem camisinha;
Todos os machos machucados
de tanto darem a bunda num supermercado onde Violet planeja roubar uma bala
halls, pois o bafo de maconha incomoda a bicha do Rudy que espera sua vez para
chupar um pau no mictório de Duchamp, ele revela ao sair rindo do banheiro, um
de seus muitos conhecimentos de arte, parte meu coração o adjetivo odiador de
veado, até por que odeio a maioria desses seus rostos cansados de tanta
porrada, mulher que apanha do marido, marido que apanha do patrão, patrão que
apanha do seu companheiro, liberdade não se ganha, mas sim se conquista!
Todos os tolos que desejam
uma mudança social e ficam discursando em frente a estômagos machucados de
tanto vazio, vazio de palavras, vazio de amor, nada de sexo diz minha irritante
última namorada e mesmo aqueles como Patback querendo algo melhor, presos a
tantos nos, tantos prós que acabam esquecendo a melhor Vida, pois estão ocupados
tentando fazer o que você nunca fez, e no final serão esquecidos como nós os
ferrados, os sem nome e tu ri ao soletrar teu pequeno nome de merda, fazemos a
mesma merda, mas não somos iguais, vocês se acham mais predispostos pro mundo
real, nós achamos todos esses nomes de merda uma verdadeira merda, somos os
fudidos, mas não somos essa merda que vocês chamam de vida!
Thiago Mendes
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